segunda-feira, 2 de março de 2009

“Bandido” morre em troca de tiros com a Rota

Policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar conseguem matar um “criminoso” que resistiu à prisão. Na troca de tiros, o desconhecido foi baleado quatro vezes.



Bem, vocês já devem ter lido o livro Rota 66 do jornalista Caco Barcellos. A publicação descreve a morte de jovens da classe média alta paulistana durante uma perseguição policial pelas ruas do Jardim Paulista, na zona sul de São Paulo. Os garotos são mortos covardemente por policiais que fazem patrulhamento com Veraneios cinza. Quando os motores desses carros roncavam, todos temiam.

Na noite de ontem (02/03), mais especificamente às 20h10, dois homens andavam pelas ruas escuras e arborizadas do Parque do Morumbi, bairro nobre da zona sul. Uma noite quente, com temperatura na casa dos 25 graus. Um deles estava com uma mochila preta. Quando passam na Rua Catarina Retimberg Gottisfritz cruzam com uma Blazer cinza com as luzes apagadas e com a sigla Rota na lataria. “Ei, para aí”. Parar que nada. Segundo informações da polícia, já que não havia testemunha na rua naquele horário (?), o homem que estava com a mochila virou e começou a disparar contra os policiais, antes mesmo deles saírem da viatura. Os quatro agentes da Rota revidaram e conseguiram acertar quatro tiros no suspeito, sendo dois deles no abdome.

Nenhum policial ferido. O outro suspeito conseguiu fugir. Provavelmente sem ferimentos, porque não deu entrada em nenhum hospital da região até as 13h14, horário que escrevo este texto.

O suspeito, ferido, foi levado para o Pronto Socorro Campo Limpo. A viatura 91... chegou ao hospital 19 minutos depois dos fatos, às 20h29, segundo registro médico. No boletim de ocorrência há a afirmação que o homem deu entrada com vida na emergência e nem cita que o indigente morreu, mas o boletim médico informa claramente que o homem já estava morto quando chegou ao PS Campo Limpo.

Para pegar essas poucas informações foi uma grande dificuldade: base da Rota na Favela do Paraisópolis, 89º DP Portal do Morumbi - delegado com uma educação questionável, mas depois maleável – Copom, novamente base da Rota na Favela do Paraisópolis, Hospital Campo Limpo.

Apreensões: não sei como, mas o material apreendido aumentou de tal forma com o passar das horas que fiquei admirado, mesmo tendo tão pouco tempo de rua. Começou com duas pistolas calibre 380 e um “pouquinho” de maconha – isso às 4h00. Já às 5h00 os dados mudaram; agora a polícia tinha levado para o 89º DP Portal do Morumbi um carregador de pistola, uma pistola calibre 380 e 1.288 quilos de maconha. Tudo errado! Às 13h00: mochila, carteira, 27 trouxinhas de maconha, três tijolos de maconha, uma pistolas calibre 380, três revólveres calibre 38.

Vale lembrar que a ocorrência foi às 20h10 de ontem e o BO fechado no início da madrugada. Como o comando da Rota (que apresentou a ocorrência), o Copom (que registra o BO PM) e a delegacia (que fecha o boletim) não entraram em comum acordo sobre o que foi realmente apreendido? Como um corpo dá entrada no hospital e nem entra no BO? Xiii, tem caroço nesse angu?

No Rota 66 houve uma enorme mobilização da imprensa para descobrir quem realmente foram às vítimas da história... Todos os setores da sociedade chocados com o caso... Mas agora... alguém se prontifica para saber se a história do BO é verdadeira?

Caso for totalmente verdade, meus parabéns para a Rota por tirar mais um bandido da rua. Caso contrário...

2 comentários:

  1. SOU A FAVOR DA ROTA ! TEM QUE LIMPAR AS RUA DE SÃO PAULO MESMO !

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  2. O maior erro de um bandido , é , trocar tiro com a ROTA e achar que vai continuar vivo !

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